A burocracia nos impele,
A democracia nos comanda,
O povo anda cegamente,
Ao som de samba.
Na sua criatividade,
Os olhos vão se abrindo,
Mas quando chega o novo dia,
A rotina abate e ofusca.
Para tudo muito bom,
Para todos muito bem,
Quem não vê pensa que é
errado,
Quem participa julga certo.
Em um país que nada vê,
Que nada sente,
Nada têm.
O que demais vimos,
Que sentimos, e,
Que temos?
Procuramos na imensidão,
Nos céus azuis,
Nas palmeiras verdes,
Nos cantos dos pássaros.
O que encontramos é o roteiro,
Que nos cerca, nos regula,
O cinza presente,
O que está nas ruas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário