Uma fragilidade tão grande.
Seus pequenos e finos fios de cabelo, seus olhos delicados e meigos, sua voz cheia de ternura e doçura. Todos queriam ter a felicidade que aparentava ter, todos a invejavam de ponto à ponto.
Mas sua dor não aparentava ser tão imensa a partir do amor. O amor que parecia ser tão grande desabando pelos seus pés eram a simples imagem de um desastre natural que acontecia com seu órgão de bombeamento tão pequeno e frágil.
Não aguentava ouvir tantas besteiras, ver tantas figuras de imagem. Não compreendia, queria evitar, porém não conseguia.
Era doce, frágil, humilde, delicada.
Ninguém via seu interior, ninguém via o que realmente era, ninguém a entendia.
Tudo muda, e ela mudou.
Não pra pior, mas pra mais frágil ainda.
Virou eterna, virou um sonho, virou uma lembrança, virou uma só. Virou foto sobre a estante, virou ruína, museu.
De tão boa que era, foi para outro mundo, foi para a luz que já existia dentro dela. Ninguém acreditava que tamanha lindeza podia fazer tamanha desgraça.
Se foi.
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