quinta-feira, 9 de maio de 2013

Vazio

Vazia, vazia, completamente vazia.

Cheia de hemácias correndo nas veias pelo líquido denso e escuro O positivo, mas vazia.


A mente cheia das mais completas e juntas células, neurônios juntos, totalmente conectados, mas vazia.


Músculo miocárdio com suas batidas involuntárias, que deixa o corpo cheio, porém vazio.


Olhos não montam a imagem criada nos seus fundos, os neurônios não a interpretam; nada reage.


Reagir a quem, a quê?


Encontrado num profundo apêndice, que não se sabe o porquê da existência.


Só procuro não perder o sentido dos pulmões, meus alvéolos precisam do ar, mas o ar da liberdade não aparece tão fácil assim... Ele busca por meio da involuntariedade nasal, mas um ar frio, que se esquenta no corpo quente.


Quente, cheio. Vazio.


Qual o sentido de existir e viver cheio, mas vazio?

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