Vazia, vazia, completamente vazia.
Cheia de hemácias correndo nas veias pelo líquido denso e escuro O positivo, mas vazia.
A mente cheia das mais completas e juntas células, neurônios juntos, totalmente conectados, mas vazia.
Músculo miocárdio com suas batidas involuntárias, que deixa o corpo cheio, porém vazio.
Olhos não montam a imagem criada nos seus fundos, os neurônios não a interpretam; nada reage.
Reagir a quem, a quê?
Encontrado num profundo apêndice, que não se sabe o porquê da existência.
Só procuro não perder o sentido dos pulmões, meus alvéolos precisam do ar, mas o ar da liberdade não aparece tão fácil assim... Ele busca por meio da involuntariedade nasal, mas um ar frio, que se esquenta no corpo quente.
Quente, cheio. Vazio.
Qual o sentido de existir e viver cheio, mas vazio?
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